O gravador de vôo instalado a bordo da aeronave é utilizado para registrar e armazenar diversas informações recebidas dos instrumentos de bordo, bem como das conversas na cabine. Esses dados ajudam os especialistas a descobrir a causa do acidente quando o avião cai.
Pela primeira vez, o uso de gravadores de vôo em aviões para registrar as conversas da tripulação e facilitar a investigação de acidentes aéreos foi proposto em meados do século XX por David Warren, um cientista australiano. O gravador foi inventado um pouco antes, mas a princípio registrava apenas algumas das leituras dos instrumentos, o que não foi suficiente para descobrir a causa do acidente. Portanto, o gravador de vôo era equipado com um dispositivo para gravar a conversa dos pilotos em uma fita magnética, que poderia ser usado várias vezes antes de ser substituído.
Ainda não há uma justificativa precisa para o aparecimento do nome coloquial do gravador de vôo, que muitas vezes é chamado de caixa preta, embora na verdade seja laranja brilhante. Segundo uma versão, a questão é que inicialmente o gravador era pintado por fora de preto para que a luz do sol, prejudicial ao filme, em que foram gravadas as leituras dos instrumentos, não entrasse no corpo. Outros argumentam que o gravador é chamado de caixa preta apenas porque tal nome está associado a algo misterioso, a um segredo e, possivelmente, à sua divulgação segura.
O corpo especial do gravador de vôo permite suportar cargas enormes, mantendo todos os dados intactos. Inclusive o gravador está perfeitamente protegido de fogo e pode ficar debaixo d'água por um longo tempo sem danificar as informações. E para facilitar a localização do aparelho, ele é equipado com um farol especial que transmite um sinal de rádio de emergência.
Desde a década de 60 do século XX, o equipamento de todas as aeronaves, sem exceção com gravadores de vôo, adquiriu o status de procedimento obrigatório. Por algum tempo, um gravador de voz foi instalado no comando do avião. No entanto, ele foi posteriormente movido com razão para a parte traseira, uma vez que é o cockpit que tende a sofrer mais em um acidente.
